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Amor, a força que precisamos...

" Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!" Tomar decisões, dar conta de perder, suportar as frustrações.  Esses são desafios que enfrentamos diariamente. Até mesmo o ato de acordar consiste na tomada de decisão de continuar a vida, seja ela prazerosa ou não ( e sempre será). Por meio de "autoajuda" e de técnicas sugestivas diversas buscamos dar significado às nossas perdas e frustrações. Achamos que se "(re)significarmos" a vida teremos impulsos para avançar.( Ilusória essa palavra, porque aquilo que tem significado não precisa ser REsignificado e aquilo que não tem significado, ao ser REsignificado apenas restaura o que de fato é). No entanto, de tao simples, a solução é "hercúlea" . Freud escreveu a o Martha Bernays, em 1882. (Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 27 de Junho de 1882) que a segurança de ser amado nos torna ousados, fortes. Atendo em meu consultórios pais e filhos que vivenciam o dram
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A tristeza - nossa amiga

Muitos confundem tristeza com depressão. "Estar bem" passou a ser ter um bom " selfie ", a necessidade de se evitar aquilo que se aproxima de uma "cara triste" tornou-se imperiosa. Ninguém quer ficar com alguém de "bode". A busca de um NORMAL nos impele a repelirmos aquilo que os OUTROS acham ANORMAL. No entanto, a tristeza faz parte das cores de nossas emoções e tem um papel fundamental em nossa dinâmica de vida. Tristeza não é depressão . Apesar de na depressão percebermos que a tristeza sombreia a vida de seus protagonistas, mas de forma inconsistente e desnecessária, a tristeza, quando adequada, tem o papel de nos trazer para dentro de nós mesmos, de nos colocar em contato com a dor da vida, de se viver, de se enfrentar as demandas do dia a dia . A tristeza é a emoção que nos mostra como a vida tem cores e nuances e pode ser modulada, reciclada. A tristeza nos lembra de que temos, como pessoas morais, que fazer escolhas e arcar com

Perdendo o foco ... ou descobrindo o que se esconde?

Todas as vezes que acolho em meu consultório pessoas em desespero, uma atitude comum a todas elas é a confusão. Queixam-se de não conseguir se concentrar, de se esquecer das coisas. Curioso é perceber que os desesperados são pessoas que perderam o foco...esqueceram-se do que de fato querem. No Filme Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, há um diálogo interessante sobre isso: “Aonde fica a saída?", Perguntou Alice ao gato que ria. ”Depende”, respondeu o gato. ”De quê?”, replicou Alice; ”Depende de para onde você quer ir...” Uma pergunta tão simples que fazemos a todo instante, mas que carrega sobre si um peso enorme de nossa condição. ”Depende de para onde você quer ir...” Para o desesperado o sofrimento não é de não ter saída, mas de não saber que saída tomar! Por isso a confusão é percebida em crises. O desespero não é o problema, mas uma reação à sensação de não se saber o que precisa, de estar sem norte. E nessa situação qualquer saída é e ao mesmo tempo não é

Prisão - um poema de uma amiga

Turbilhão de sentimentos Negros no céu cinzento Torrente de tristeza Afogando o viver Que já não admira a beleza  Eu-contradição Mar de emoção Interior e exterior Ser dual por imposição Ressentimento Sufocado Trancado com cadeado Devido às consequências Pés e Mãos atados Um beco sem saída Vivendo de aparências Sangrando a ferida A boca sorri Chora o coração O verdadeiro "eu" prisioneiro Acorrentado pelas conveniências Triste viver, triste lamentar...

O Centro de Atenção Psicossocial - Uma saída para o Gama

Sob a ótica da reforma psiquiátrica, a internação de pacientes com problemas mentais deixou de ser uma solução, mas uma exceção. No passado o paciente psiquiátrico em seus quadros mais graves eram reclusos em verdadeiras prisões: Todos os estabelecimentos criados no país até o final do século XIX, com a finalidade de internar os doentes mentais, ofereciam um tratamento que tinha como objetivo maior "afastá-los da sociedade do que realmente tratá-los e minorar seu sofrimento" (RIBEIRO, 1999, p. 20) A sociedade não conseguia enxergar o processo de inclusão social dos pacientes psiquiátricos. Seu objetivo era afastá-los do convívio social. As famílias, desesperadas, buscando uma solução e não compreendendo a loucura, perdiam contato com seus entes queridos e de forma "natural" e gradativa se esqueciam de quem as fazia sofrer. Era um processo de desfazimento de vínculo. Os familiares cauterizavam suas emoções, "jogavam" seus parentes nos hospitais psiquiátr

As Cinco Atitudes do Amor - tema dos Grupos de Reflexão dos familiares de Dependentes Químicos

O RESGATE DA AUTORIDADE DOS PAIS NA RELAÇÃO COM OS FILHOS. COMO CRIAR UM CANAL DE AMOROSIDADE COM OS FILHOS E COLOCAR LIMITES SEM CULPAS, MÁGOAS OU MEDO DE PERDÊ-LOS “Nada irá mudá-lo senão a visão daquilo que o coração dele deseja mais ardentemente”. (pp.27 - O Poder Restaurador dos Relacionamentos Humanos, Larry Crabb) ATITUDES RESGATANDO A AUTORIDADE DOS  PAIS 1ª ATITUDE separar o(a) filho(a) de seu comportamento. Amamos nosso(a) filho(a). são alguns comportamentos dele(a) que não aceitamos. Temos que pensar várias vezes ao dia: amo meu filho(a), eu não aceito é o comportamento dele(a) . 2ª ATITUDE Sempre que formos falar com nossos filhos para elogiar e/ou corrigir, devemos definir quem é quem nessa relação, e quais suas funções. Sempre temos que começar com as palavras mágicas: Eu sou sua mãe (ou pai), você é meu filho(a) e amo muito você e gostaria... . Nunca se esqueça que SEMPRE seremos os pais e eles os filhos, não importa a idade. 3ª ATITUDE Abraçar os filhos no

Grupo de Reflexão - Familiares de Envolvidos em Dependência Química

Os Grupos de Reflexão são reuniões facilitadas por um profissional psicossocial que conduz os participantes sob um tema. Este Grupos não são terapêuticos, mas Operativos. Dessa forma, não se falar em terapia comunitária nesses grupos, mas em discussões temáticas e modificadoras de comportamento. Na promotoria de Justiça do Gama desenvolvemos Grupos de reflexão de Adolescentes em risco ( quintas-feiras), de Familiares de Dependentes Químicos ( primeira terça-feira do mês), de Dependentes Químicos ( última terça-feira do mês), de Homens envolvidos em Violência Doméstica ( segunda terça-feira do mês) e de Mulheres ( terceira terça-feira do mês). Os Grupos de Reflexão de familiares de Dependentes Químicos tem como base o modelo sistêmico, que considera a família  como um sistema, no qual famílias com problemas de dependência química mantém um equilíbrio dinâmico entre o uso de substâncias e o funcionamento familiar. Na perspectiva sistêmica, um dependente químico exerce uma importante